quinta-feira, 4 de julho de 2013

Enfim 18

Olá pessoas! Tudo bom? Ontem foi meu aniversário e finalmente cheguei a idade mágica que é os 18 anos e, quer saber? Não senti diferença alguma, na verdade estou me sentindo cada vez mais criança, cada vez menor e pequenina, querendo me esconder no colo da minha mãe e esquecer os problemas do mundo e todos os meus medos e anseios para o futuro.

Acho que o coitado dos 18 é um número superestimado, você o anseia, o deseja e quando ele chega você não sabe o que fazer, as pessoas te dizem "bem-vindo a vida adulta" e perguntam se você já está se sentindo mais responsável, afinal de contas, você agora responde pelos seus atos e, aqui entre nós, eu não estou sentindo nada disso. Eu sei que agora vou poder dirigir e "fazer o que eu quiser"; falar de sexo, política e futebol como quem entende; sentar no bar e gargalhar alto no happy hour; ir em shows e fumar na saída de um club qualquer... mas eu quero isso?
Apesar de ter consciência de tudo isso, eu tive uma comemoração fantástica atendendo aos apelos de "juízo" que recebi em algumas ligações de parentes; eu assisti Universidade Monstro e almocei McLanche Feliz com o Igor, ele inclusive esperou pacientemente comigo pelo curta que eu tanto queria ver e me abraçou apertado quando eu me remexia em alguma cena que me deixava angustiada; recebi a visita de alguns amigos, aqueles poucos que você sabe que vai ser para toda a vida porque eles te pegam de surpresa e no final da festa ignoram seus agradecimentos falando "você é importante pra nós!" fazendo com que você sorria meio boba tendo aquela sensação gostosa e quente de "ter se achado".
Sabe, eu prefiro assim. Eu tenho 18 anos agora mas já na transição da idade chorei um bocado e precisei de  abraços, colo e que me dissessem que eu estava surtando, é bom ouvir esse tipo de coisa pra calar a correria de ideias na sua cabeça e aprender com isso; eu fiz 18 e me sinto mais mulher de alguma forma, depois de tanto carinho eu comecei a me olhar com outros olhos e percebi que preciso deixar de ser tão ansiosa mas acho que do jeito que estou, tudo vai se encaixar com o tempo então não preciso ter pressa, só fechar os olhos e aproveitar o momento antes que ele vá embora.
Eu queria que fosse fácil filtrar todas essas coisas e ser quem eu "escrevo" ser, tentar ser mais confiante e chorar menos; achei que isso viria com a idade mas acabei descobrindo que não são números que modelam essas coisas e sim as experiências e empurrões que a vida lhe dá. Eu apanhei bastante nesses anos todos mas ainda tenho muito o que aprender, paciência, calma e controle são algumas então já adianto que não será nada como mostram em filmes e seriados. Eu sou muito estressada e passo muito tempo na minha própria mente que acabo distorcendo as coisas e isso volta de uma forma realmente ruim e eu me sinto como uma criança que acaba de ser repreendida pelos pais, sempre com medo e ansiosa. Desabafando sobre isso acabei ouvindo que a vida é assim e que não dá pra evitar esse tipo de coisa; "faz bem pra alma" é o que dizem, então eu aceito... não que eu seja conformista mas negar tem doído mais do que eu posso e quero aguentar.




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