quarta-feira, 14 de novembro de 2012

281/365 Is not the long walk home that will change this heart

But the welcome I receive at the restart

Olá! Tudo bem com vocês? O photoshop está de tpm, algo do gênero, pois não me deixa salvar as fotos! Eu estava com a edição completa mas não consegui salvar, tive de recorrer ao Instagram! Essa foto é de um Mocha: a perfeita mistura entre cappuccino, chantili e chocolate, mãinha me fez um desses porque os remédios que estou tomando para sinusite tem me deixado um tanto quando, hm, dopada.

Eu dormi meio tarde ontem e acordei diversas vezes com medo de perder a hora, algo dar errado, eu esquecer os instrumentos e coisas do gênero. Felizmente, cheguei no colégio para a segunda aula e fiquei ensaiando até a hora do tão esperado intervalo. Agora vocês devem estar imaginando que cantei e todos foram felizes, errado.
Quando deu 9 horas, comecei a ir de 10 em 10 minutos atrás do responsável pelo som do colégio, um tal de Carlos, ele não foi para o colégio, nos deixou na mão! Cheguei a implorar pelos microfones, me comprometi a assinar um termo que me responsabilizasse caso algo acontecesse com eles mas ninguém pode me atender, ótimo. Honestamente, quando faltavam apenas 5 minutos para o sinal tocar, pensei em me enfiar no banheiro um tanto quanto chorosa e esquecer aquela ansiedade maluca por tocar para um público mas eu tenho o melhor amigo do mundo que depositou uma fé tremenda em mim e fez com que eu arrastasse dois banquinhos para o pátio e cantasse em plenos pulmões para quem quisesse ouvir.
O público foi bem receptivo, quando terminei de cantar I will wait, ainda sentindo a brasa em minhas bochechas, minha garganta coçou, encarei todos os rostos curiosos e olhares perdidos procurando pelos equipamentos de som e expliquei o que aconteceu, fui recebida por aplausos e alguns gritos, o suficiente para piorar minha tremedeira. Apertei a pele do banjo com os dedos e quando vi estava atropelando Lover's Eyes, confundindo meu guitarrista. As pessoas continuaram a se aglomerar ao redor da estranha banda sem equipamentos, rolaram até pedidos de silêncio por parte da própria platéia para quem passava sem entender o que estava acontecendo, entretidos em alguma conversa animada.
Quando vi, estava em pé e colocando meu banjo, era Roll Away Your Stone com um refrão improvisado, apenas para ter o gosto de rasgar o ar com acordes soltos, essa música exige um tom mais grave então foi a pior para minha mini-multidão ouvir mas o banjo soava, o violão embalava um ritmo animado que transformou meu nervosismo em dança, não consegui ficar parada e alternei o peso entre as pernas, quando chegou o stomp, prendi a respiração esperando para ficar sozinha batendo o pé no chão feito uma criança birrenta mas então outras pernas se mexeram e conseguimos o som que tanto queríamos.
Quando terminei, ainda incrédula com o que havia acabado de acontecer, as pessoas pediram por mais! Nosso repertório tinha se esgotado mas as pessoas estavam ali, firmes, mesmo com toda aquela confusão! Aquela foi uma sensação tão boa que tomei coragem, agarrei o violão e destoei completamente em Banjolin Song, infelizmente, uma música muito curta para ocupar meu tempo, o que levou a pedidos de "algo que possamos cantar juntos".
Com as bochechas queimando, sorri para um público fantasma (quando fico nervosa minha visão embaça como uma forma de "defesa" então eu sorrio para todos mas não sou encarada de volta com olhos curiosos, eu simplesmente não os vejo) e me apoiei em meus amigos, sugeri então que cantássemos Ana Julia, a velha canção que embala todas as boas rodas de conversa. Expliquei que não sabia a letra inteira e que ia precisar de ajuda, várias vozes cantaram em coro, foi um momento emocionante, eu estava tão nervosa que achei que ia acabar vomitando, minha mente era puro topor (aquela sensação de "anestesia") e então fui puxada para a realidade por uma senhora de jaleco amarelo repetindo "hora de subir!".
Quando as pessoas se dispersaram, estava tremendo sem entender o que tinha acontecido mas fui bem recebida de volta a realidade por um abraço do Lusca, foi a melhor sensação do mundo depois de ferver de tanta vergonha, eu estava desligada e perguntei "onde você vai?" achando que ele estava se despedindo e então ele me explicou que estava me dando os parabéns, ele foi realmente a melhor coisa que me aconteceu nessa manhã horrível e bagunçada, fez com que eu sentisse uma confiança em mim que nem sabia que tinha (muito obrigada mesmo moço!). Antes que surjam bicos, eu recebi apoio de várias pessoas e torturei o braço do Maycow fazendo com que tocasse tantas músicas rápidas, ainda mais que ele estava com o ombro machucado mas, quando eu estava prestes a desistir, nem que fosse só desistir do banjo, quem me apoiou foi ele e, bem, deu no que deu.
Sério, eu não ia escrever nada sobre hoje porque estou muito cansada mas as palavras simplesmente fluíram! Minha cabeça está muito confusa e um tanto quanto dolorida devido a quantidade abusiva de remédios, a sinusite em si e esses acontecimentos recentes, quando cheguei no café estava me sentindo desperta mas ainda estava com a sensação de ter tido um dia horrível e, para concluir, uma borboleta preta com detalhes em amarelo nas asas começou a me perseguir enquanto eu estava distraída colocando as mesas para o lado de fora. Involuntariamente, dei um gritinho e corri para detrás do balcão repetindo "sai daqui". Observei a maldita se aproximar e quando ela entrou no café, levantei em um salto e me tranquei no banheiro, quando mãinha disse que era seguro sair, contou que o vizinho ficou preocupado com o modo como larguei as mesas e sai correndo e que veio perguntar se eu estava bem, como ele presenciou minha fuga para o banheiro, se ofereceu para matar a enorme borboleta, fiquei extremamente grata.
Mais tarde, estava quase dormindo sob a caixa de chás enquanto assistia a New Girl com minha mãe (viciei-a na série, tudo graças a pequenas identificações haha), percebendo meu cansaço, ela preparou-me um Mocha (ela me ofereceu um expresso primeiro mas fiz um leve bico e pedi por cappuccino) que me manteve acordada de fato até o final do expediente.
Depois desse relato mais amadurecido do que minhas postagens usuais, não me sinto mal em dizer que vou me aquecer embaixo de minhas cobertas para saborear mais um capítulo da história do meu bom amigo Abe, o caçador de vampiros. Boa noite a todos e um ótimo feriado!
Lembrem-se: peixes são amigos, não comida!

PS: Ao menos que você goste de frutos do mar e derivados, eu só como peixe se o mesmo é um filé limpo, sem espinhos, empanado e salpicado com gotas de limão (fresca).
PS²: Eu acho que ainda estou em estado de topor, fui muito "viajada" descrevendo o que aconteceu no "show", acho que nem foi tão legal assim hahaha
PS³: Me parece uma boa postagem para um retorno com um título digno de tal.
PS²+²: Estou ficando chata haha desculpa!!!!

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