terça-feira, 2 de outubro de 2012

238/365 Cause my mind is just like her's

(Just as broken, just as crippled, just as burned)

Olá! Tudo bem com vocês? Eu tinha acabado de enviar um tweet xingando a demora na entrega do meu Babel (não para a Livraria Cultura, apenas um tweet jogado no meio de 30.000) e o interfone tocou! É a segunda vez que o entregador faz isso e eu tive de comentar com ele "poxa, acabei de comentar que nunca mais ia chegar e ai você interfonou!" e ele lembrou que eu já tinha dito algo parecido e perguntou se podia me perguntar (deu pra entender u.u) o que eu estava esperando tanto então eu rasguei o embrulho e falei que era o cd da minha banda favorita, ele perguntou o que eles tocavam e eu comentei dos instrumentais fantásticos (com menos empolgação porque eu fiquei com vergonha) e ele gostou da ideia do banjo e disse que ia procurar quando fosse para casa -eu acho que ele só estava sendo educado mas gostei dele.

Hoje foi um dia muito bom para ser bem sincera. Minha manhã foi tranquila (tirando o calor e o Sol infernal nas últimas aulas, a.k.a educação física), quando cheguei em casa fiquei sozinha com meus bichinhos e eu e a Mel finalmente desvendamos a arte de lavar roupas (já estavam separadas ^^) então pudemos fazer nossos trabalhos direitinho; acho que minha gata não estava confiante nas minhas habilidades então ficou mordendo minhas canelas enquanto eu pendurava a roupa e dançava para desviar daqueles dentinhos, depois disso, consegui tropeçar na escada (pouco depois de pensar em como minha casa fica esquisita e parecida com a do Ao Oni quando estou sozinha) e derrubei um balde de água suja no corredor então lá foi a bonita passar a tarde passando pano e secando a bagunça.
Onde está a parte boa do meu dia? Bem... Babel chegou e EU GANHEI UM COLCHÃO!!! Antes de mais nada, um espertão já me perguntou no ask se podia vir estrear e a resposta é NÃO! É meu, é grande e eu vou amá-lo até ele parar de respirar!!! Enfim... eu estava com um colchão desproporcional ao meu pesoXaltura então não parava de me queixar de dores nas costas e tudo o mais -mesmo assim ficava dormindo com preguiça de ir para aula, agora eu tenho um colchão beeeem maior do que eu e estou vomitando arco-íris! Vos escrevo direto do mesmo, super confortável com as costas aconchegadas e os pés na parede de quadrinhos que tanto amo (parece que postar assim faz com que as palavras fluam mais fácil).
Antes que eu explique o porque do título, preciso postar mais duas fotos do meu CD perfeito ai eu sossego tá?



Depois que escrevi o conto em que a Ella estava sentada em rochedos curtindo um pouquinho de tristeza, fiquei pensando em como minhas personagens começaram a ganhar vida, logo, tem direito a uma história bem contada, então, comecei a pensar em uma explicação para a mente confusa dessa menina mas a verdade é que eu não posso fazer isso! Consciente do que eu estava fazendo no meu primeiro conto sobre ela, eu sabia que ela seria tão confusa e complicada quanto eu sou (fora que a visão que eu tenho dela não é uma descrição fiel de como eu me vejo no espelho ok? Não seria tão babaca assim, a Ella tem os meus problemas, meu modo de ver o mundo e tudo o mais mas é minha versão "melhorada" por assim dizer) e que ela seria minha pequena fuga para entender o que acontece na minha cabeça, consequentemente, não posso jogar toda uma história aqui porque eu ainda não consegui acessá-la.

Já fazia um mês que Ella havia se mudado para seu grande apartamento no cais mas a quantidade de caixas lacradas e embalagens de comidas prontas dava a dizer que ela estava ali a menos de uma semana esperando que ligassem sua energia, sabendo da triste situação em que se encontrava o aparamento dos sonhos da moça, Ben decidiu ajudá-la a desempacotar as coisas e pintá-lo como ela sempre quis.
O espaço livre era intimidador se aquela era sua primeira vez morando sozinho e isso a deixava desconfortável então ela se contentou em acomodar ocupando apenas o banheiro e o espaço que chamava de quarto. Ele era, na verdade, um vão vazio em cima de uma porção de lojinhas na beira da praia, tinha janelas imensas com vista para o mar mas não possuía divisórias, era apenas vago com um banheiro, quando assinou o contrato de aluguel Ella havia visto imensas possibilidades mas as ideias se esvaíram quando as caixas chegaram.
Ben bateu na porta três vezes, era um pequeno ritual que tinha desde que havia assistido ao seriado The Big Bang Theory, Ella abriu a porta com o cabelo preso em um coque descuidado (ela havia deixado alguns fios soltos que emolduravam suas bochechas), uma regata surrada com a frase "Sou muito bonita para matemática" em letras garrafais descascadas e um shorts jeans azul claro que, com toda a certeza, já havia sido uma calça, ela sorriu quando o viu com um jeans tão podrinho quanto o dela, uma camiseta beje sem graça e uma bandana tirando os fios rebeldes de cima do óculos, ele estava mesmo disposto a ajudá-la com sua falta de bagunça.
_Está mesmo disposto a pintar essas paredes imensas? _ela perguntou mesmo sabendo a resposta.
_Só se você me disser que teremos boa música! _ele sorriu mostrando uma fileira de dentes brancos deixando-a corada e sem ar.
Ela o levo em direção ao centro do salão onde havia colocado pilhas de jornais e duas latas de tinta azul claríssimo; ele olhou para as tintas então torceu o nariz para a falta de divisórias e sugeriu que eles colocassem cortinas para separar o quarto da cozinha, eram pequenos projetos que na mão dos dois pareciam sonhos imensos que esperavam a anos para serem realizados. A manhã passou rápido enquanto a tinta secava nas paredes, decidiram que chegara a hora de instalar as cortinas (e alguns fios cobertos por luzes, sugestão dela) antes de abrir as caixas.
Ben foi em direção a uma caixa de tamanho médio que estava esquecida próximo a janela no fundo da sala, pegou-a com cuidado e levou em direção a cama -agora iluminada por pequenas lâmpadas amarelas- e perguntou gentilmente se podia abri-la, Ella não reconheceu a caixa mas concordou com uma das sobrancelhas levantadas, sinal para que ele se afastasse gentilmente enquanto ela contornava a cama, ele tocou na cintura dela de leve e abriu espaço para que ela abrisse a caixa com um pouco mais de força do que era realmente necessário -controlar a curiosidade não era um de seus fortes.
Ao abrir a caixa seus olhos se arregalaram de surpresa e ela fez o que todas as garotas fazem por impulso: levou a mão a boca; dentro da caixa estavam diversas fotos polaroide e uma máquina antiga, uma pequena coleção de sua vida antiga, fotos que tirou de pessoas, lugares, praças, fotos de suas viagens, de sua família, de pessoas que costumava chamar de amigos, tudo que se possa imaginar. Ben ficou encantado com a qualidade das fotos e segurou a máquina com cuidado entre as mãos:
_Ainda funciona? _perguntou delicadamente.
_Espero que sim! Eu achei que tinha deixado isso na casa dos meus pais!_Ella estava ofegante.
_Por que não tiramos algumas fotos?_sugeriu com mais um de seus sorrisos perfeitos.
Ella despertou seu lado fotógrafa e manuseava a polaroide com habilidade, tirou várias fotos de Ben enquanto ele estava distraído com algumas caixas ou pequenos retoques na pintura, ele não resistiu em tomar-lhe a câmera e a fotografá-la escondendo o rosto, como vingança, ela colou a bochecha na dele e tiraram fotos fazendo caretas até as folhas acabarem, quando terminaram, ainda haviam caixas a serem desempacotadas mas estas poderiam ser escondidas no recém instalado armário, fotos polaroide estavam espalhadas pelo chão e ambos estavam deitados no chão fitando o teto enquanto riam sem razão aparente.
_O que você acha de colocá-las na parede?_Ella perguntou meio sem jeito, ela queria guardar as fotos mas achou que o moço quisesse escondê-las.
_Tem certeza de que quer expor isso para as outras pessoas?_a reação que esperava, ela fez um leve bico involuntário com os lábios.
_Eu não vou receber outras pessoas aqui, você sabe que eu não conheço ninguém.
_Não foi isso que eu quis dizer, estava apenas te provocando_foi a vez dele corar
_Onde vamos colocar então?
_Por que não as colamos em cima da cama?
_Parece perfeito.
Sem perceber, eles dispuseram as fotos formando uma espécie de coração e a foto de dois jovens sorridentes alternavam com fotos de rochedos, janelas, cortinas, luzes, detalhes espalhados pela casa (agora Ella conseguia a chamar de casa), eles deitaram cansados na cama coberta de almofadas, papeis e roupas e admiraram o resultado.
_Parece um coração!_constatou Ella.
_É porque eu te amo.
Ela olhou para o garoto de olhos arregalados que fitava o teto ao seu lado, incrédulo com o que havia acabado de anunciar, ambos coraram e ela disse de forma suave:
_Eu também amo você.

Eu não estava com muitas expectativas para esse conto mas precisava mencionar a bandana estranha do Ben desde que a Brunna (minha nova amiga mumfan (: ) havia mencionado que, graças ao nome que dei ao sujeito ele tinha de usar bandanas (ela não disse exatamente isso mas é uma realidade) e eu achei que seria fofo ver o menino pintando a parede de azul (que coisa estranha de se dizer haha'). Bom, agora eu vou desfrutar do meu delicioso colchão e ver se essa dor no meu pulso dá uma trégua (acho que o tropeço na escada não ajudou em nada minha situação), boa noite e até amanhã!
Keep Calm and começou a temporada de vestibular!!

PS: Estou apaixonadinha por "For Those Below"
PS²: Eu ando meio estressada com o vestibular e só fui perceber isso hoje depois de um toque dos meus pais (não foi "hey, sua cavala, pare de tratar todo mundo mal", eles só comentaram que estou mais relaxada.... na véspera! Saudades lógica haha) mas acho que isso explica todas as minhas crises dos últimos dias, eu ficava frustrada do além e até cheguei a procurar meus sintomas no google -deu depressão, chateadíssima haha'
PS³: Com essa minha declaração, queria pedir desculpas para todo mundo porque devo ter dado patada em cada um de vocês sem ao menos perceber, sei que não é desculpa e que todo mundo tem seus problemas mas espero que vocês entendam ^^


Um comentário:

Copyright © 2014 East Harlem