quinta-feira, 20 de setembro de 2012

226/365 Holland Road


Olá! Tudo bem com vocês? Eu não sei exatamente como eu estou, acho que estou dando uma de menina xiliquenta com humores variados então resolvi ficar mais quietinha hoje ouvindo Babel fervorosamente; eu não sei bem o que aconteceu, ontem eu estava super bem e hoje eu fiz minha maquiagem de "apenas fingindo que estou acordada" e vi o mundo passar diante dos meus olhos mas nem esbocei muita reação, devo ter sido uma companhia bem chata :c


Como já resumi meu dia ali em cima (exagero) nem tem muito o que dizer, o que eu fiz hoje foi arrebentar uma corda de violão (doeu), provas, textos, ler, escrever, sorrir, servir de bateria para o Mateus (by the way, hoje é dia do baterista então um super parabéns para meus bateristas favoritos, o Marcus e o Ben -brincadeira... para o Lusca e para o Mateus <3 tocar bateria não é para qualquer um e eles são incríveis *-*) então, em meio aos meus devaneios com a Mel -que ficou o dia todo do meu lado, e coisas assim, acabei escrevendo um conto baseado no que disse que sentia com a música "Babel" no post de ontem:


"Eu ainda não sei o que vim fazer aqui se tenho tanto medo de máscaras!"
Praguejava a garota dos olhos grandes enquanto respirava fundo o ar gélido da sacada. "Vai ser uma boa ideia, conhecer gente nova" ela repetia fielmente as falas do misterioso garoto que conheceu duas semanas atrás em frente a um mapa... "você vai gostar, ouvi dizer que a música é boa".

Nessa parte ele estava certo, a música era boa e a batida rápida pulsava em suas veias em compasso com seu coração, o bumbo ecoava na sala e o banjo arrepiava sua nuca, esse era, de longe, seu estilo favorito de música e, se não fossem as máscaras, ela estaria relaxando como qualquer uma das outras pessoas que dançavam frenéticas em ritmos internos na sala ao lado.

Como tudo isso começou? Bom, eu parei a história entre Ben e Ella com um café, naquele dia eles conversaram sobre tudo e acabaram tornando-se bons amigos mas duas semanas era pouquíssimo tempo para saber que a garota tinha pânico de pessoas mascaradas e que isso a deixava meio "claustrofóbica"; quando ele parou na soleira de sua porta e tirou o embrulho delicado das costas, assistiu a expressão da garota mudar de curiosa para assustada e então as sobrancelhas negras e delineadas se uniram como sinal de reprovação:

_Máscaras?!!!_ ela esbravejava, acoada como um gato.

_Eu queria te surpreender! Achei que se eu falasse você compraria uma máscara e não teria a mesma graça, desde que você aceitou meu convite estou rodeando essa máscara e procurando o momento certo para te entregar... eu... não queria que você devolvesse nem nada assim então deixei para te entregar hoje _tentava se justificar o pobre Ben que, pela primeira vez, sentiu as bochechas queimarem.

A garota estava acoada mas não resistiu, puxou a fita de seda branca que prendia a máscara e deixou que escorresse por entre seus dedos duas vezes antes de finalmente segura-la com as duas mãos e ajustá-la em seu rosto, ela suspirou e disse:

_Preciso que você vá de máscara o caminho todo para que eu me acostume com a ideia, se eu começar a hiperventilar, nós voltamos e você me deixa em casa.

Ela sabia que estava sendo chata mas não conseguia controlar o pânico; ela não tinha memórias de como esse medo havia começado mas deveria ser algo irracional -assim como sua atitude. Por sorte, Ben era um cara compreensivo e fez que sim com a cabeça enquanto amarrava a seda preta que segurava sua máscara, ela destacava seu brilhante par de olhos azuis e o deixava com um ar despretensioso no rosto.

Ella não hiperventilou no trajeto mas encarou o pobre coitado durante todo o percurso sem se dar ao prazer de comentar sobre as luzes da cidade ou sobre o café onde, enfim, se conheceram. Ela sentia um leve zumbido nos ouvidos mas o enjoo havia passado e a máscara apenas destacava os olhos confortadores que conhecia tão bem -mesmo tendo o conhecido a duas semanas, ela sabia que a alma por detrás do azul era velha e conhecia cada canto da dela.

As memórias do trajeto se dissiparam em segundos quando uma mão segurou seu antebraço, a garota segurou um grito trincando o maxilar e mordendo o lábio, sentiu o gosto de ferrugem com a ponta da língua -o susto havia sido tão grande que conseguiu abrir uma fenda em seu lábio inferior, algo que lhe renderia uma bela cicatriz depois de um tempo.

_Me desculpe, mil desculpas! Eu perdi você, eu sei, deixe-me explicar! Eu vou te tirar aqui e te deixar em casa. 

A garota não conseguia respirar e o garoto a encarava com os olhos saltados e pupilas dilatadas, ele percebeu que havia a assustado então segurou sua mão, Ella sentiu o coração bater mais forte mas dessa vez não era o medo então se acalmou com o toque familiar e o perfume conhecido que pairava na curta distância entre eles, Ben a tomou pela mão e abriu a porta do salão, Babel ecoava por entre as paredes e a multidão mascarada dançava sem direção -mas na cabeça dela estavam todos a encarando, suas pernas fraquejaram mas ele a apoiou e se tornou seu chão.

Eles dançaram no sentido contrário a multidão, correram de parede a parede procurando por uma saída mas a única porta que encontraram estava trancada, percebendo a movimentação exaltada, seguranças mascarados davam passos largos na direção deles e o medo começou a percorrer o corpo de ambos; Ella tinha medo dos homens mascarados, Ben tinha medo de não poder protegê-la do que estava acontecendo em sua cabeça, sua única reação foi empurra-la pela cintura e eles começaram a correr, os seguranças correram em seus calcanhares, picotes de papel caiam do teto, luzes piscavam e se agitavam e nenhum sinal de uma maldita porta aberta.

A banda tocava envolvida na música, não percebeu dois delinquentes atravessando o palco por detrás dos músicos, ela não conseguia correr com o par de saltos que comprou para a festa então decidiu abandoná-los ali mesmo, Ben sorriu e a impulsionou para frente, empurrando com o antebraço quem pudesse parar em seu caminho para questioná-la da correria; por detrás do palco havia uma porta, ela ligava o estacionamento privado com a área do palco, sem pensar duas vezes, ele tomou a frente e empurrou a porta que os ligaria com o mundo exterior, quando sentiu o ar gelado invadir seus pulmões, arrancou a máscara com um movimento rápido e abraçou a garota em choque.

_Você está bem? _ele perguntou meio sem fôlego

_Agora sim, uou, ainda não consigo acreditar! _ela respondeu fazendo com que a sobrancelha do garoto se erguesse.

_Você não parece apavorada!

_Mas é porque eu não estou... não exatamente... eu, pela primeira vez, eu... me deixei levar... eu senti cada nota daquela música, eu, eu senti você e você me protegeu da minha própria loucura, foi... engraçado.

_Fugir de seguranças em uma festa cheia de loucos não me parece engraçado e eu acho que você não está bem Ella! Sua boca está sangrando!

_Ah, isso... eu tinha esquecido, não acho que vá precisar de pontos ou algo assim mas eu não me importaria de tomar sorvete, se você não se importa.

_Tudo bem, por minha conta! Nada mais justo depois de ter feito isso com você.

Ele a abraçou pelos ombros e eles cambalearam cansados até o carro, ao chegar na porta viram que o Sol estava nascendo então pararam para sentar e aproveitar aquele momento tão singular na cidade onde a água é cinza e o porto range com o vento, eles viram o céu alaranjar e então decidiram descer a colina e comprar sorvete de café com chocolate, o favorito dela e que, um tempo depois, se tornaria o favorito dele.


Ficou meio bobo, eu sei mas eu estou gostado da ideia de criar mais contos com meus "Oc's" Ben e Ella, é melhor do que ficar inventando histórias e descrições para uma personagem que, no fim das contas, voltará a ser quem vos escreve -com o tempo eu paro de fazer isso;
Como ainda estou com esse humor esquisito e precisando estudar para as provas de amanhã -não aguento mais essa rotina, juro! Eu vou sair e terminar o post mais cedo hoje ok? Espero que tenham gostado mesmo tendo sido... bem... isso.... oh god, o que está acontecendo comigo? De qualquer forma, até amanhã e que a força esteja com vocês para sobreviver a esta sexta-feira haha'
Eu vou te amar e te apertar até você parar de respirar!!

PS: E o texto da bandeira? Ainda nada!
PS²: Mãinha me ensinou um negócio mágico no Sam, é, basicamente, um print da tela :D resolvi "printar" a música que mais escutei hoje haha


PS³: Enquanto eu admirava a capa de Babel, descobri que tem um cara parado na janela da esquerda e eu quase tive um treco e peguei o Sam no ar porque realmente me assustei! Não sei se me assustei só com o homem ou com o fato do Sam ter dado um salto olímpico das minhas mãos -mas eu peguei, ufa

7 comentários:

  1. Você ouve Mumford & Sons *----*
    Já gostei, hihi!
    Blog lindo, viu?!
    Beijinhos
    Lyn
    http://alittleinsomniac.blogspot.com

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    1. Minha banda favorita <33
      Obrigada pela visita^^ beijos

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  2. East Harlem, Holland Road.
    São holandesices ou novaiorqueices? hahahaha

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    1. É o meu jeitinho bem brasileiro de colocar estrangeirices em tudo hahaha

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  3. Amei o conto. De certa forma, seu dia resultou numa boa história, hein! :D

    Adorei o blog e quero saber todas as novidades! Já estou seguindo. Espero que curta o meu!
    www.pronomeinterrogativo.com

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    1. Obrigada ^^ pois é! Adoro dias que terminam assim

      Vou dar uma olhadinha, obrigada pela visita e pelo comentário ^^

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  4. Adorei! No fim das contas, você tem uma boa história para contar ;)
    Beijinhos!

    Am
    http://www.vinteepoucos.com.br/

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